segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Mais fotos de Vila do Areal e Diogo
















As trilhas e "surpresas" de Vila do Areal.

Mais fotos de Vila do Areal e Diogo













Olá pessoal,

Vejam as belezas e peculiaridades de Vila do Areal.

Fotos de Vila do Areal e Diogo





















Olá alunos e visitantes,

Vejam algumas fotos que selecionamos sobre os locais visitados situados em Mata de São João. As Vilas onde fizemos a vista foram Vila do Areal e Diogo. Durante o encontro, além das belas paisagens e da hospitalidade dos moradores, verificamos dificuldades. Na pequena Escola de Vila do Areal por exemplo, não existe Biblioteca. Os alunos da capoeira não tem apoio do governo local.
No encerramento do encontro Direção, alunos e professores resolveram fazer uma campanha de doação de livros paradidáticos para contribuir com a Biblioteca.


"O observador" por Igor Gabriel, 7ª B.

Ilustrações de Igor Gabriel.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Vídeos sobre Diogo e região

Olá alunos,

Encontramos estes vídeos muito interessantes sobre a lógica de desenvolvimento do Litoral Norte.
Tire sua próprias conclusões, refletindo sobre a visita que fizemos em Vila do Areal e Diogo nos planos sociais, ambientais, históricos, econômicos e culturais.

O site é:

Estamos aceitando fotos neste Blog sobre suas impressões dos lugares que visitaram.

Mande as fotos para o delamare.oi@gmail.com colocando comentários que postaremos no Blog.

Equipe do projeto.


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Comentário do Professor Ricardo

Lá, parece que o tempo passa mais devagar. Nada de computadores, pen drives, “MPs”. Visitar Diogo e Vila do Arial é sair um pouco da loucura da cidade grande e poder contemplar a obra de Deus no seu mais puro e sublime estado natural. Ao entrarmos, percebemos a natureza nos convidando a refletir sobre as coisas boas da vida. Durante todo tempo da nossa visita nos fizeram companhia o rio Imbassai, a fauna, a flora e moradores que de tão felizes parecia nos satisfazer com a própria satisfação de viver ali. Ao sairmos, a convicção de que uma espécie de outro mundo havia ficado para trás.

Por causa de suas belas paisagens naturais e uma vasta e rica história a faixa litorânea dos municípios de Mata de São João, Entre Rios, Esplanada, Conde e Jandaíra (região popularmente chamada de Linha Verde) foi transformada numa Área de Proteção Ambiental em 1992, quando o governo da Bahia determinou o prolongamento da rodovia BA-099 desde os limites da Região Metropolitana de Salvador/RMS até a divisa com o Estado de Sergipe. O reconhecimento que a implantação da Linha Verde acarretaria relevantes impactos ambientais nos ecossistemas costeiros e importantes modificações no contexto socioeconômico e cultural da região, justificou a criação da APA do Litoral Norte da Bahia (APA LN) como instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente, adequado para o ordenamento ecológico-econômico daquela porção litorânea.

Com uma ocupação iniciada na segunda metade do século XVI, a região desempenhou, no passado, importante papel de articulação com a economia açucareira que florescia no Recôncavo Baiano. Provendo, por quase um século, o Recôncavo e a cidade de Salvador com produtos das mais variadas espécies, estruturou uma economia fortemente assentada na pecuária extensiva, na pequena agricultura e no extrativismo vegetal e animal. No final do século passado, uma grande extensão de terra foi adquirida por um excêntrico prussiano, naturalizado norte-americano, que, instalando-se na área, deu início a um próspero negócio de exportação de produtos florestais. Data dessa época o início do povoamento do Porto de Sauípe, por onde escoava a produção extrativa. Poucas alterações ocorreram na região até meados do século atual.

A descoberta de petróleo, nos anos 50/60, constituiu o primeiro elemento de dinamização na região, tendo a PETROBRÁS se implantado nos municípios de Pojuca, Mata de São João, Itanagra, Entre Rios e Cardeal da Silva. Tratava-se de uma ruptura em relação ao que existia, na medida em que as atividades ligadas à prospecção e exploração do petróleo aportavam capital, capacidade empresarial e mão-de-obra especializada.

A partir de então, a criação de empregos para trabalhadores semi ou sem- especialização teve implicações diretas na composição da estrutura social da região, com uma maior presença de segmentos médios de renda. A demanda gerada por esses segmentos, associada à demanda de populações do seu entorno, especialmente dos segmentos de maior poder aquisitivo, traduziu-se em novas demandas para o setor imobiliário, de construção civil e infra-estrutura, o que estimulou o desenvolvimento das incipientes estruturas urbanas existentes. Isso gerou um conflito entre as populações nativas e o grande empresariado nacional e internacional acelerando o processo de proletarização dessas comunidades. Justamente por isso do ponto de vista histórico-cultural e social pode-se considerar que a população residente ao longo da APA Litoral Norte não se diferencia substancialmente: é jovem, pobre e pouco preparada para o enfrentamento de um processo de mudanças sócio-culturais e econômicas baseado na eficiência e na competitividade.

Como resultado essa população teve que sobreviver em pequenos povoados, mantendo um vinculo direto com a natureza. Afastados dos grandes meios produtivos passaram a usar a natureza de maneira sustentável. Pesca, artesanato e produção de farinha são seus meios de sobrevivência. Enfim, a organização social no Litoral Norte tem como uma das suas bases fundamentais o exercício de atividades primárias de cultivo ou extração, de cunho familiar e baixa tecnologia, o que contribui para que a ação do homem sobre o meio ambiente não tenha sido tão predatória, fazendo prevalecer uma ambiência e estilos de vida, sob muitos aspectos, próprios de sociedades não-tipicamente capitalistas.

Assim, tem-se um conjunto de relações sociais e econômicas que se caracterizam pela forma direta e não-monetária de atendimento às necessidades, sendo a disponibilidade de recursos naturais o dado fundamental à determinação desse tipo de prática. Isso implica uma relação muito particular entre qualidade de vida e meio ambiente, uma vez que a inserção social de grande parte da população tem como contrapartida o acesso a um conjunto de bens e recursos não-monetarizados. Dessa maneira, a condição de “pobre” não está diretamente relacionada à miséria, estado típico de parcelas expressivas dos habitantes dos grandes centros urbanos.

No mais esperamos vocês nos dia 03 e 08/09 para que possam ver tudo isso e muito mais. Beijo no coração e até lá.

Professor Ricardo