segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Fotos de Vila do Areal e Diogo
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Vídeos sobre Diogo e região
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Comentário do Professor Ricardo
Lá, parece que o tempo passa mais devagar. Nada de computadores, pen drives, “MPs”. Visitar Diogo e Vila do Arial é sair um pouco da loucura da cidade grande e poder contemplar a obra de Deus no seu mais puro e sublime estado natural. Ao entrarmos, percebemos a natureza nos convidando a refletir sobre as coisas boas da vida. Durante todo tempo da nossa visita nos fizeram companhia o rio Imbassai, a fauna, a flora e moradores que de tão felizes parecia nos satisfazer com a própria satisfação de viver ali. Ao sairmos, a convicção de que uma espécie de outro mundo havia ficado para trás.
Por causa de suas belas paisagens naturais e uma vasta e rica história a faixa litorânea dos municípios de Mata de São João, Entre Rios, Esplanada, Conde e Jandaíra (região popularmente chamada de Linha Verde) foi transformada numa Área de Proteção Ambiental em 1992, quando o governo da Bahia determinou o prolongamento da rodovia BA-099 desde os limites da Região Metropolitana de Salvador/RMS até a divisa com o Estado de Sergipe. O reconhecimento que a implantação da Linha Verde acarretaria relevantes impactos ambientais nos ecossistemas costeiros e importantes modificações no contexto socioeconômico e cultural da região, justificou a criação da APA do Litoral Norte da Bahia (APA LN) como instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente, adequado para o ordenamento ecológico-econômico daquela porção litorânea.
Com uma ocupação iniciada na segunda metade do século XVI, a região desempenhou, no passado, importante papel de articulação com a economia açucareira que florescia no Recôncavo Baiano. Provendo, por quase um século, o Recôncavo e a cidade de Salvador com produtos das mais variadas espécies, estruturou uma economia fortemente assentada na pecuária extensiva, na pequena agricultura e no extrativismo vegetal e animal. No final do século passado, uma grande extensão de terra foi adquirida por um excêntrico prussiano, naturalizado norte-americano, que, instalando-se na área, deu início a um próspero negócio de exportação de produtos florestais. Data dessa época o início do povoamento do Porto de Sauípe, por onde escoava a produção extrativa. Poucas alterações ocorreram na região até meados do século atual.
A descoberta de petróleo, nos anos 50/60, constituiu o primeiro elemento de dinamização na região, tendo a PETROBRÁS se implantado nos municípios de Pojuca, Mata de São João, Itanagra, Entre Rios e Cardeal da Silva. Tratava-se de uma ruptura em relação ao que existia, na medida em que as atividades ligadas à prospecção e exploração do petróleo aportavam capital, capacidade empresarial e mão-de-obra especializada.
A partir de então, a criação de empregos para trabalhadores semi ou sem- especialização teve implicações diretas na composição da estrutura social da região, com uma maior presença de segmentos médios de renda. A demanda gerada por esses segmentos, associada à demanda de populações do seu entorno, especialmente dos segmentos de maior poder aquisitivo, traduziu-se em novas demandas para o setor imobiliário, de construção civil e infra-estrutura, o que estimulou o desenvolvimento das incipientes estruturas urbanas existentes. Isso gerou um conflito entre as populações nativas e o grande empresariado nacional e internacional acelerando o processo de proletarização dessas comunidades. Justamente por isso do ponto de vista histórico-cultural e social pode-se considerar que a população residente ao longo da APA Litoral Norte não se diferencia substancialmente: é jovem, pobre e pouco preparada para o enfrentamento de um processo de mudanças sócio-culturais e econômicas baseado na eficiência e na competitividade.
Como resultado essa população teve que sobreviver em pequenos povoados, mantendo um vinculo direto com a natureza. Afastados dos grandes meios produtivos passaram a usar a natureza de maneira sustentável. Pesca, artesanato e produção de farinha são seus meios de sobrevivência. Enfim, a organização social no Litoral Norte tem como uma das suas bases fundamentais o exercício de atividades primárias de cultivo ou extração, de cunho familiar e baixa tecnologia, o que contribui para que a ação do homem sobre o meio ambiente não tenha sido tão predatória, fazendo prevalecer uma ambiência e estilos de vida, sob muitos aspectos, próprios de sociedades não-tipicamente capitalistas.
Assim, tem-se um conjunto de relações sociais e econômicas que se caracterizam pela forma direta e não-monetária de atendimento às necessidades, sendo a disponibilidade de recursos naturais o dado fundamental à determinação desse tipo de prática. Isso implica uma relação muito particular entre qualidade de vida e meio ambiente, uma vez que a inserção social de grande parte da população tem como contrapartida o acesso a um conjunto de bens e recursos não-monetarizados. Dessa maneira, a condição de “pobre” não está diretamente relacionada à miséria, estado típico de parcelas expressivas dos habitantes dos grandes centros urbanos.
No mais esperamos vocês nos dia 03 e 08/09 para que possam ver tudo isso e muito mais. Beijo no coração e até lá.
sábado, 29 de agosto de 2009
ROTEIRO DA VISITA
Projeto das ruas para a sala de aula: Visita a Diogo e Vila do Areal
Olá você participante do projeto,
No quadro a seguir, o roteiro da nossa visita a se realizar no dia 3 de setembro(quinta-feira) para que tomem conhecimento das ações a serem realizadas pela direção e equipe de professores.
Horário | Ação |
7:10 H | Saída do Colégio Vitória-Régia Informe dos professores no ônibus |
9:00 H | Parada do ônibus na entrada de Vila do Areal |
9:00 às 9:30 | Caminhada para a Vila e concentração do Largo para formação dos grupos pelos professores |
9:30 às 10:40 | Ação dos professores História: Casa de farinha Profº Ricardo Geografia: Trilha 1 com professor Jerusa Ciências: Trilha 2. Palestra com Sr. Nilson sobre as abelhas. Trilha com Professor Delamare. Inglês: Ação de Professora Carmem Artes. Trilha3 com Professor Feijão |
10:40 às 11:00 | Retorno e concentração na casa de capoeira para assistir apresentação. |
11:00 às 11:30 | Apresentação da capoeira para todos os alunos. |
11:30 às 12:30 | Realização de jogo de futebol com alunos. Banho de rio. |
12:30 às 12:50 | Retorno ao ônibus. |
13:00 às 14:30 | Almoço no restaurante Sombra da Mangueira. |
14:30 às 15:00 | Caminhada para visitar o artesanato local Inglês: Ação de Carmem Artes: Ação de Feijão |
15:00 às 16:30 | Retorno ao ônibus para conhecer a restinga, ponte de Imbassay e bioma restinga. Equipe de Ciências: Trilha para conhecer a restinga Equipe de Geografia: Trilha com Jerusa Equipe de História: Trilha com Ricardo Equipe de artes: Trilha com Feijão. |
16:30 | Retorno ao ônibus para voltar para a Escola. |