sábado, 29 de agosto de 2009

ROTEIRO DA VISITA

Projeto das ruas para a sala de aula: Visita a Diogo e Vila do Areal

Olá você participante do projeto,

No quadro a seguir, o roteiro da nossa visita a se realizar no dia 3 de setembro(quinta-feira) para que tomem conhecimento das ações a serem realizadas pela direção e equipe de professores.

Horário

Ação

7:10 H

Saída do Colégio Vitória-Régia

Informe dos professores no ônibus

9:00 H

Parada do ônibus na entrada de Vila do Areal

9:00 às 9:30

Caminhada para a Vila e concentração do Largo para formação dos grupos pelos professores

9:30 às 10:40

Ação dos professores

História: Casa de farinha Profº Ricardo

Geografia: Trilha 1 com professor Jerusa

Ciências: Trilha 2. Palestra com Sr. Nilson sobre as abelhas. Trilha com Professor Delamare.

Inglês: Ação de Professora Carmem

Artes. Trilha3 com Professor Feijão

10:40 às 11:00

Retorno e concentração na casa de capoeira para assistir apresentação.

11:00 às 11:30

Apresentação da capoeira para todos os alunos.

11:30 às 12:30

Realização de jogo de futebol com alunos.

Banho de rio.

12:30 às 12:50

Retorno ao ônibus.

13:00 às 14:30

Almoço no restaurante Sombra da Mangueira.

14:30 às 15:00

Caminhada para visitar o artesanato local

Inglês: Ação de Carmem

Artes: Ação de Feijão

15:00 às 16:30

Retorno ao ônibus para conhecer a restinga, ponte de Imbassay e bioma restinga.

Equipe de Ciências: Trilha para conhecer a restinga

Equipe de Geografia: Trilha com Jerusa

Equipe de História: Trilha com Ricardo

Equipe de artes: Trilha com Feijão.

16:30

Retorno ao ônibus para voltar para a Escola.

Equipe do Projeto

domingo, 23 de agosto de 2009

Comentários de Delamare

Comentários de Ciências/Prº Delamare

Olá alunos

A região a ser visitada tem como principal objetivo específico em Ciências estabelecer relações de integração com os lugar. Para isso vamos explorar uma idéia! Conhecer o lugar e seus segredos. Para isso é preciso que você esteja disposto a pesquisar, observar e ouvir. Na pesquisa, importante ter conhecimento geral sobre a Mata Atlântica, importante ecossistema existente em Vila do Areal. Existem muitos segredos guardados por cada ser vivo ali existente. Muitos moradores deste lugar estabelecem relações muito próximas com a Mata Atlântica utilizando seus segredos sem prejudicá-la. É o caso do Sr. Nilson. Ele mora hà dezessete anos no lugar e conhece muitos segredos sobre as abelhas que saberemos quando estivermos com ele. A mata atlântica é o ecossistema de maior biodiversidade do planeta, ganhando inclusive da Floresta Amazônica. Muitas espécies são endêmicas ou seja, somente são encontradas nesse lugar. A mata atlântica juntamente com o rio Imbassay é responsável pelo clima local.

Você sabia que muitas plantas e animais com poder medicinal são originadas da Mata Atlântica? Conhece alguma? Pesquise sobre os segredos da árvore sucupira, pau-pombo, abelhas, cipó timbó, anfíbios. Outra coisa importante quando estivermos lá é conhecer os sons que os animais emitem assim como suas cores e os mecanismos utilizados para se manterem vivos. Desvende seus mistérios no site http://www.rbma.org.br/anuario/mata_11_recursos_florestais.asp. Para finalizar é bom lembrar do nosso compromisso como cidadão que é respeitar as diferenças e a diversidade que iremos encontrar no lugar. Existem pessoas que certamente são muito diferentes de nós. Seus costumes, valores, modo de vida e tradições fazem parte da história de vida de cada um e cabe a nós entender e respeitar. Recomendo que vejam este vídeo para compreender a nossa importância de ser cidadão pleno. Você sabe o que é ser cidadão pleno? É sermos capazes de interagir com os diversos meios em que estamos inseridos sem ter preconceitos e conseguir incorporar criticamente o que é aprendido para se superar e ir além. Para ser um cidadão ambiental pleno conta nosso comportamento quando visitamos o lugar sem deixar marcas negativas. Não vale Jogar lixo no chão, rir dos estilos e condições de vida das pessoas.

Por fim se você quiser ir a fundo para entender a importância de pensarmos na sustentabilidade do planeta, convide sua família e assista este vídeo. Será um grande momento de repensar nossos valores como ser humano.

Bom, vou ficando por aqui!

Saudações ecológicas para vocês!

Delamare Mello

Comentários de Geografia/Profª Jerusa

Diogo localiza-se no Km 68 da Linha Verde, à costa do Oceano Atlântico, litoral norte do estado da Bahia. Diogo está situado na Costa dos Coqueiros, Região Metropolitana de Salvador e pertence ao município de Mata de São João. Está localizada nas coordenadas geográficas Latitude 12º32‘ S e Longitude 38º17‘.

Quanto à vegetação predominante naregião, temos a restinga, um terreno arenoso e salino, próximo ao

mar e coberto de plantas herbáceas características. Entende-se por vegetação de restinga o conjunto das comunidades vegetais, fisionomicamente distintas, sob influência marinha e fluvio-marinha. Estas comunidades, distribuídas em mosaico, ocorrem em áreas de grande diversidade ecológica sendo consideradas comunidades edáficas por dependerem mais da natureza do solo que do clima. Diogo é pertencente ao município de Mata de São João.

Em linhas gerais, os problemas sociais de Diogo estão relacionados à saúde e trabalho. Pela análise de dados do IBGE, Censo 2000, e por pesquisas feitas na localidade, verifica-se alto o número de habitantes ainda carente de serviços de atendimento em saúde e de postos de trabalho que absorvam o número de habitantes em idade produtiva.

A relação sociedade natureza, felizmente, mostra-se favorável. Segundo estudos na área, a população possui consciência ecológica e tratam com cuidado o seu lugar apesar dos grandes empreendimentos turístiscos que vêm, cresentemente, causando impactos ambientais gravíssimos na região. O despejo de esgotos sem o devido tratamento no rio Imbassahy, importante rio que corta a região, vem aumentando os índices de mortandade da fauna marinha, o que se faz bastante grave para a localidade, já que, muitas das famílias que ai residem vivem da pesca.


Em anexo, segue parte de uma pesquisa sobre o litoral norte que pode ajudar a vocês a entenderem melhor sobre a história da linha verde.

Dêem uma lida neste material que estou mandando agora e tiraremos as dúvidas que surgirem.

Cheiro em todos,

Jeruza


Informações de Geografia

Alunos,

A professora de Geografia informa sobre os links a seguir como mais uma contribuição para os estudos sobre Diogo, Vila do Areal e Vila de Santo Antonio.
Bons estudos!

Os liks são os seguintes:

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Da escola para as ruas...

...Formando cidadãos plenos.
Ilustração: Engelis.
Equipe do projeto.

O impressionista e sua arte ao ar livre.


O Impressionismo surgiu por volta de 1862, quando Renoir, Monet, Bazille e Sisley eram estudantes, no mesmo ateliê em Paris. Unidos devido ao interesse comum em pintar a natureza ao ar livre. Conceber a pintura do início ao fim interagindo com a natureza e sua biodiversidade era o que os impressionistas vicejavam e é com esse mesmo intento que faremos as nossas ilustrações onde retrataremos a biodiversidade e tipologias habitacionais das localidades de Santo Antônio de Diogo e Vila do Areal.

Engelis Oliveira de Jesus.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Sites sobre leis ambientais

O QUE É UMA APA?

Informações GERAIS sobre o Litoral Norte nos aspectos sociais, ambientais, econômicos, turísticos, culturais
Pesquise relatório do PRODESU em http://www.conder.ba.gov.br/prodesu.htm

Pesquisa sobre biomas, árvores, leis ambientais http://www.arvoresbrasil.com.br/
Curiosidades sobre plantas da Mata Atlântica:




Texto sobre Mata Atlântica

Mata Atlântica

Delamare Mello

O bioma Mata Atlântica desde a época do descobrimento do Brasil pelos portugueses, cobria uma área de cerca de 1.306.421 Km² ou 15% da área em 17 estados do território brasileiro. O nome dado ao Brasil é uma referência a um dos seus exemplares mais explorados no período pelos portugueses. Trata-se da Caesalpinia echinata ou popularmente conhecida como pau-brasil. Atualmente cobre apenas 7% com área de 102.000 Km². A entrada de colonizadores portugueses em 1500 foi o passo inicial do processo de degradação da Mata Atlântica. Alguns dos ciclos representativos que contribuíram para a redução significativa da Mata Atlântica incluíram a exploração do pau-brasil, mineração do ouro e diamantes, criação de gado, cana de açúcar, café, extração de madeiras. Atualmente temos as plantações de soja, cana de açúcar e fumo. A história revela que os governos legitimaram a exploração, industrialização juntamente com o setor madeireiro, imobiliário e siderúrgico. Pouco se preocupavam com a preservação e manutenção da Mata Atlântica já que o maior interesse era atingir desenvolvimento econômico. Importante destacar que em 1917, após a segunda guerra mundial, o governo concedia concessões, estímulos e incentivo para a retirada da madeira com o objetivo de atrair importadores,suprir o mercado europeu para promoção do desenvolvimento no país. O Bioma Mata Atlântica é o segundo maior ecossistema, o maior em diversidade e o mais ameaçado de extinção do planeta. É o bioma de maior diversidade em árvores do mundo. Somente no sul da Bahia, foram identificadas 454 espécies diferentes em um único hectare. Possui mais de 20 mil espécies de plantas, sendo que oito mil somente são espécies endêmicas, naturalmente encontradas no Brasil. As chuvas que atinge a Mata Atlântica colaboram para a manutenção do regime hídrico permanente. As matas ciliares com sua folhas, raízes, galhos, arbustos, gramíneas favorecem a retenção de cerca de 70% da água que cai sob a forma de chuva, filtrando e infiltrando água, atuando como uma grande esponja, contribuindo para o equilíbrio dinâmico e permanente do bioma.Por possuir muitas espécies endêmicas e em risco de extinção, a organização não governamental de conservação internacional a incluiu como área de hotspot assim como o cerrado já que 50% das plantas vasculares existentes a exemplo de palmeiras e bromélias, dentre outras espécies de plantas e animais que compõe a fauna e flora ,encontram-se exclusivamente neste bioma. Algumas das frutas utilizadas na nossa alimentação como o caju, goiaba, Cambuci, pitanga, araça são da Mata Atlântica. Possuem cerca de 1,6 milhões de espécies de animais, dentro da diversidade cultural da mata.

Possui a maior quantidade de espécies endêmicas de animais sendo algumas ameaçadas de extinção e muito utilizadas em campanhas com o objetivo de conscientizar e sensibilizar a população para a necessidade de preservação deste importante bioma. São exemplos o mico-leão-dourado preto e o muriqui, mico-leão da cara preta,

Fonte: Política ambiental

considerado o maior macaco da América do sul. É na mata atlântica que o ciclo da água conserva 70% da água que serve para abastecimento de importantes rios como o São Francisco, Paraná, Tietê, Paranapanema, Ribeira do Iguape dentre outros. Servindo como uma imensa esponja, a floresta através das matas ciliares retém grande quantidade de água que alimentará nascentes, lençóis freáticos e rios. As águas dos rios são utilizadas para manter a imensa biodiversidade existente e são utilizadas pelo homem para as diversas atividades econômicas e construção civil razão pela qual vem sofrendo um crescente processo de destruição. Grande parte da população brasileira vive próximo da mata atlântica já que seu processo de ocupação iniciou-se pelas áreas litorâneas formando as metrópoles, indústrias e os grandes aglomerados urbanos. A mata atlântica primária, embora considerada patrimônio nacional pela constituição federal, contraditoriamente vem sendo explorada e tendo sua área a cada ano reduzida pela ação predatória do homem. Dentre os estados brasileiros, o estado de Piauí e Alagoas foram os que mais sofreram com o desmatamento.

No estado da Bahia a mata atlântica estende-se por cinco regiões: chapada Diamantina, litoral norte, baixo sul, sul e extremo sul. Diversos ciclos econômicos utilizaram a Mata atlântica como exploração a exemplo pau-brasil, cana-de-açúcar, ouro, diamante, café, gado, algodão e cacau. Das cinco regiões, três vem sendo utilizadas para a exploração econômica como a carcinocultura, gás e óleo na baia de Camamu, o cacau na região sul cacaueira e o extremo sul com a pecuária e a monocultura do eucalipto o que explica a grande devastação desta área onde a pratica do extrativismo esta muito enraizada na população inclusive como forma de garantir a sobrevivência. Para melhor entendimento e compreensão, apresentamos uma tabela com divisões e principais características:

Formação

Características

Floresta ombrófila densa

Mata sempre verde e com árvores que chegam a altura de 40 m. Grande variedade de arbustos, samambaias, bromélias, orquídeas, palmeiras trepadeiras e epífitas. Em áreas úmidas e encharcadas, figueiras, jerivás e palmitos. Estende-se do Ceará ao Rio Grande do Sul.

Floresta ombrófila mista

É formada pelas matas de araucárias ocorrida na região de clima sub-tropical principalmente nos planaltos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.São encontradas na Serra do mar e geral e nos litorais do Rio de Janeiro e Paraná.

Ombrófila aberta

Encontrada na Bahia, Espírito Santo e Alagoas

Estacional semidecidual

e decidual.

Mata com árvores de 25 a 30 metros de altura e com folhas que caem no inverno frio e seco.Possuem muitas epífitas com cipós, trepadeiras e samambaias.Encontrada no planalto brasileiro até o rio Paraná.Lá possuem dois Parque de proteção: Parque Estadual do morro do diabo e o Parque Nacional do Iguacú.

Campos de altitude

Ocorrem em elevações até 1800m e são ocupadas or gramíneas. Interrompidas por charnecas (vegetação xerófila ou plantas agrestes)

Ecossistemas associados/manguezais

Formações que ocorrem nos estuários em razão do encontro de águas de rios e mares.

Ecossistemas associados/restingas

Tem início nas praias sob a forma de vegetação rasteira e na medida em que avança para o interior, apresenta aspecto variado como bromélias, orquídeas e cactos se destacam na vegetação. A ocupação humana nesta área para construções tem sido muito forte nas áreas que margeiam as praias.

Ecossistemas associados/brejos interiorano

Muito comum no interior e nos tabuleiros do nordeste do semi-árido

A fauna da mata atlântica é muito diversificada. Muitas espécies se destacam pela beleza e importância na dinâmica de funcionamento deste riquíssimo bioma. Assim como as plantas, os a maioria os animais existentes são de espécies endêmicas, ou seja ,só existe neste lugar. Alguns representantes são o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e o muriqui, conhecido como mono-carvoeiro (Brachyteles arachnoide) que é considerado o maior primata do continente americano e o maior mamífero endêmico do Brasil. Uma curiosidade que chama atenção é a palavra muriqui que originou o nome deste mamífero. A palavra é de origem indígena Tupi e significa gente tranqüila. Por apresentar uma rica e variada alimentação à base de frutas, nozes, sementes, flores, ovos de pássaros e insetos. Algumas das sementes somente conseguem germinar no solo, depois de passar pelo trato digestivo destes animais.Esta relação promove a manutenção, distribuição e diversificação das espécies nas florestas úmidas baixas.Em decorrência da caça, este animal se encontra em risco de extinção devido a baixa capacidade reprodutiva e destruição de seu habitat natural . Seu comportamento é caracterizado pela harmonia e não disputa pelo poder nem por parceiros.

A diversidade cultural da Mata Atlântica era formada por muitos povos indígenas em 1500 como os Tamoios, Temininós, Tupiniquins,Caetés, Tabajaras, Potiguares, Pataxós e Guaranis onde ocupam 13 áreas na Bahia que não chegam a ocupar em cada área menos de dois mil hectares de terra. Atualmente, nas áreas da mata atlântica residem quilombolas, roceiros, caiçaras e o caboclo ribeirinho. A intensa destruição deste ecossistema por interesses econômicos, infelizmente tem promovido a marginalização destas comunidades que possuem vínculos muito grandes com o bioma como a pesca artesanal, agricultura de subsistência, artesanato e extrativismo como coleta de caranguejo, ostras e o corte sustentável do palmito.

Em 1924, o brasilianista Warren Dean cita durante uma conferência apontando o absurdo que a destruição vinha provocando em prol do desenvolvimento, um orador revelou:

“Entre nós é nulo o amor por

nossas florestas, nula a compreensão

das infelizes conseqüências que derivam

de seu empobrecimento e do horror que

resultaria de sua completa destruição.

Fortalecer o sentimento (de conservação)

é uma medida de necessidade urgente”.

(1924).

Na Bahia, a Mata atlântica foi dividida em cinco regiões: Chapada Diamantina- oeste, Litoral Norte, Baixo-Sul, Sul e Extremo Sul. Todas elas passaram e passam por ações antrópicas do uso solo, rios e matas. No passado com a cana de açúcar, criação de gado, cacau, pau-brasil, café e diamante. Atualmente a destruição do que resta é para favorecer a exploração pra a monocultura do eucalipto e carvoarias clandestinas. Para citar alguns exemplos, no baixo Sul, entre os rios de contas e Paraguaçu a exploração da madeira é intensa. Neste trecho encontram-se manguezais restingas e na ilha de Tinharé (Morro de São Paulo) além do turismo de massa, existe a partir da Baía de Camamu cultivo de camarão (carcinocultura), óleo e gás. Entre os rios Jequintinhonha e Paraguaçu encontra-se a região sul cacaueira. No extremo sul é a área onde existe intensa atividade pecuária e monocultura do eucalipto.

Importante destacar que as atividades de cultivo de camarão e eucalipto são atividades que geram grande impacto ambiental nos manguezais e restingas nas regiões de Caravelas, Canavieiras e Camamu, concentrando renda nas mãos de poucos e gera desigualdades sociais intensas para as comunidades que viviam da pesca artesanal nos mangues. O destaque ou unidades de conservação do corredor central onde existe o maior conjunto de remanescentes da Mata Atlântica do estado onde estão situados os Parques de Abrolhos, Descobrimento, pau-brasil, Monte Pascoal e a reserva extrativista de Corumbau. Desde o século XIX, Abrolhos, parte da Mata Atlântica foi devastada para exploração da madeira. Na década de 1970, após a construção da rodovia BR 101 a região sofreu intenso desmatamento com a produção de carvão, café, criação de gado, mamão e atualmente o eucalipto para atender a indústria da celulose. O lado positivo é que o Parque de Abrolhos concentra os maiores recifes de corais do Atlântico Sul. A Mata Atlântica ainda abriga os ecossistemas de água doce e marinhos. No corredor central da Mata Atlântica é explorada a Attalea funifera, espécie de palmeira que produz a piaçava que é de grande importância econômica, sendo utilizadas na fabricação de vassouras e escovas.

Além dos três parques citados, existem ainda possui três unidades de conservação e proteção integral que são: Reserva Biológica de Ulna, Parque Estadual serra do Conduru e Estação ecológica de Wensceslau Brás. No domínio da Mata Atlântica existem ainda 20 APAs (Áreas de Proteção Ambiental) que engloba florestas, mangues, ilhas, bancos coralinos e outros ecossistemas associados.

A criação de parques e APAS, unidades de conservação e corredores ecológicos devem servir para

garantir às espécies viventes o direito de se reproduzirem, diversificarem para a manutenção e preservação de um patrimônio que certamente estará disponível, vivo para as gerações futuras.

Referências Bibliográficas:

BATISTA, Milton dos Santos; TIMMERS Jean-Francois; CUNHA, Renato Pegas Paes.Projeto Corredores Ecológicos, Bahia, 2005

Sites:

http://politicambiental.blogspot.com/2008/05/aumenta-desmatamento-na-mata-atlntica.html

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Conhecendo a região antes da visita


Olá alunos,

Preparamos um texto para que você leia sobre os aspectos históricos, geográficos, culturais e ambientais de Imbassay, Mata de São João para compreender como surgiu as localidades de Santo Antonio de Diogo, Vila do Areal e Imbassay.
Após leitura, sugerimos que você faça um quadro comparativo sobre dos aspectos históricos, econômicos, políticos, geográficos e culturais do bairro onde você vive e estuda e do local a ser visitado.
Boa leitura!

Equipe do projeto

O litoral norte da Bahia: história e mudanças recentes[1]

Conforme explica Maria Raquel Mattoso Mattedi :

“A ocupação da região teve início na segunda metade do século XVI, confundindo-se com a própria colonização brasileira. Garcia D'Avila, português que deu início à colonização da área, recebeu de Tomé de Souza uma extensa propriedade "compreendida entre os campos do Rio Pojuca até próximo à foz do Rio Real", na segunda metade do século XVI. Entre os anos de 1563 e 1609[2], foi construída, nas imediações da atual Praia do Forte, a primeira Casa da Torre, fortaleza que funcionou como "um observatório avançado" da coroa portuguesa na Colônia, desempenhando as funções típicas de proteção e defesa.

A partir daí, teve início um processo lento e pouco adensado de ocupação territorial, nos sentidos nordeste e noroeste, que alcançou, ao longo dos séculos seguintes, a região do além São Francisco. Desenvolveu-se, em toda a área, uma pecuária extensiva, além de uma economia de subsistência como atividade complementar à economia açucareira, no Recôncavo baiano. Essa economia proveu, por quase um século, o Recôncavo e a cidade do Salvador, de produtos das mais variadas espécies:

"(...) através do fornecimento de carne, leite, produtos de couro e animais de tração para os engenhos de açúcar. Essa complementaridade poderia ser, ainda, evidenciada no fornecimento de lenha para os engenhos e de óleo de baleia para a iluminação de Salvador" (Sobrinho, 1988).

Sem sofrer grandes alterações nos séculos seguintes, uma sociedade de traços patriarcais estruturou-se e consolidou-se em torno da sesmaria, com “um proprietário que morava na sede e uma classe numerosa de pessoas descendentes de mestiços e escravos detendo a posse temporária da terra” (Sobrinho, 1988). Com o refluxo da economia açucareira, em meados do século XVII, a região, altamente dependente e articulada ao recôncavo baiano, entra num processo de estagnação econômica tendo suas atividades produtivas redefinidas a partir de então. A plantação do coco é introduzida na região que "... passa então a fornecer, além da lenha, do carvão, da carne e dos produtos de couro dos tempos coloniais, o coco e as frutas, o feijão, os derivados do leite e os objetos de palha" (ECOPLAN, 1997).

A região segue seu ritmo nos séculos seguintes, havendo lacunas nos registros encontrados sobre o período compreendido entre meados do século XVII e final do XIX, quando uma grande extensão de terra foi adquirida por um excêntrico prussiano, naturalizado norte-americano que, tendo notícias sobre o Brasil, através de um encontro com o Imperador D. Pedro II, na Filadélfia, transferiu-se para cá, fixando-se no litoral norte da Bahia e lá permanecendo até meados do século XX. Trata-se de Sigisfred Sigismundo Schindler que chegou ao Brasil no ano de 1879, na cidade do Rio de Janeiro[3], instalando-se, pouco depois, na Bahia em propriedades adquiridas dos descendentes dos D'Avila. Diz ele, em seus relatos sobre o litoral norte (Queiroz e Almeida, 1997):

"(...) Da costa do Forte até Vila do Conde eu tive várias terras, a maioria delas pertencentes aos herdeiros da Casa da Torre. Eu fundei vários armazéns para estocar diversos produtos que eu comprei na região. Especialmente, o COCONUT (semente de coco). Era uma área de 42 léguas de terras. Eu tive terras em Esplanada, Pojuca, Mata de São João, e Parafuso para instalar os armazéns, e diversas fábricas para o aperfeiçoamento e ao mesmo tempo a manufatura de diversos produtos".

Visionário, Schindler foi um atento pesquisador de produtos naturais visando o estabelecimento de um próspero negócio de exportação. Da África trouxe para a Bahia sementes do "bicho da seda" cujo cultivo foi introduzido na localidade de Tucano; levou para Londres amostras da casca externa da piaçava, o "endocárpio", pensando na fabricação de botões; adquiriu, na Antuérpia, máquinas pensando no corte da fibra da piaçava e no fabrico de vassouras; na Dinamarca comprou máquinas para o beneficiamento de fibras. Iniciou na localidade de Queimadas a exportação de peles de cobra e, em 1889, a exportação de plantas medicinais (Queiroz e Almeida, 1997).

As palavras de Schindler são eloqüentes e as mais apropriadas para dar uma idéia da quantidade e das potencialidades dos recursos naturais disponíveis à época, bem como do uso econômico a partir do beneficiamento local de muitos produtos[4]:

"(...) Todo o tempo eu ampliei minhas exportações com novos produtos descobertos: coconut, corte de piaçava, borracha da mangabeira, raízes medicinais, especialmente manocá, videiras selvagens e tingui, e também óleo de mamona da fábrica de Esplanada, frutas secas do cajueiro em latas para durar 2 anos, vinho do cajueiro, bananas secas, farinha de banana das fábricas construídas em Parafuso(...).

Obtive do Governador Luis Viana a permissão para a exploração da areia monazítica, poços artesianos nas terras do interior para reduzir os danos da seca e, moinhos de açúcar na Vila do Conde (...)"

(...) Eu montei na cidade de Alagoinhas "casas de salgagem" para preparar peles secas para exportação. Eu exportei milhões de bengalas chamadas "cherules"e estandartes (bandeiras) feitas de "dart"(um tipo de bambu) para decoração. Eu produzi goma para fábricas têxteis, farinha de banana para fazer biscoitos (crakers), etc." (...) Em 1898 é inaugurado o primeiro porto da região, na foz do Rio Sauípe, localidade hoje conhecida como Porto Sauípe, no Município de Entre Rios. O porto chamava-se Porto Schindler e, segundo notas da imprensa da época, a inauguração entusiasmou fortemente os moradores da localidade que eram em número superior a 1.000 pessoas! (Queiroz e Almeida, 1997).

Assim, o extrativismo como base da economia local manteve-se até muito recentemente. Informações, nem sempre coincidentes nos seus detalhes, dão conta da venda das terras de Schindler, entre 1900-1920, para uma companhia inglesa de borracha - British and Brazilian Rubber Planters e Manufaturados (Stifelman, 1997) - que almejava dar continuidade às atividades de comércio exportador iniciadas pelo americano, especialmente aquelas relativas à exploração do látex da mangaba, abundante na região, para o fabrico da borracha. Algumas fontes indicam que a área vendida correspondia a 80.000 ha ou o equivalente a 20 km de costa por 40 km de profundidade, no sentido leste oeste (Queiroz e Almeida, 1997).

A companhia inglesa desenvolveu atividades na área até 1940 quando entrou em falência, entregando-a ao Bank of London que passou a responder pela administração da empresa. Lembrada na região até recentemente (Stifelman, 1997), a Companhia arrendava terras aos moradores locais que permaneceram desenvolvendo atividades de subsistência e extrativas. Conta a história que o representante da companhia inglesa, instalado na região, teve que ausentar-se do Brasil por motivos relacionados à guerra na Europa, deixando as terras aos cuidados de dois moradores da localidade de Sauípe, hoje Vila Sauípe. Tendo um deles morrido precocemente, o Sr. Genésio Tolentino de Jesus respondeu como procurador da Companhia, enviando regularmente para a Inglaterra o dinheiro arrecadado dos arrendamentos, até 1949. Ainda hoje, são encontrados descendentes da família Tolentino em Vila Sauípe, localizada no extremo norte do Município de Mata de São João.

Em 1949, parte dessas terras são compradas da Companhia Inglesa pela Construtora Norberto Odebrecht - CNO, que passa a dispor de 1.700 ha. situados entre o riacho Santo Antônio na porção norte do atual Município de Mata de São João e o Rio Sauípe, já no Município vizinho de Entre Rios. Neste local encontra-se em fase de conclusão o Complexo Sauípe (Stifelman: 1997; Queiroz e Almeida: 1997).

Na porção sul de Mata de São João, consta que em 1922, o coronel Otacílio Nunes de Souza comprou a Fazenda Praia do Forte de Régis Pacheco, ex-governador da Bahia e descendente dos D'Avila, iniciando o cultivo do coco e desenvolvendo um programa de mudas selecionadas associado à pecuária extensiva. Em 1939, com a morte do Sr. Otacílio Nunes, tem início um processo de decadência econômica da família, cercada de conflitos entre os muitos herdeiros. Somente após 30 anos, em 1970, a Fazenda Praia do Forte é vendida a um empresário paulista que tenta dar continuidade às atividades agropecuárias na região, mas, posteriormente, desenvolve o primeiro grande projeto turístico do Litoral Norte: o Projeto da Praia do Forte.

Como visto, poucas alterações ocorreram na região ao longo dos séculos seguintes até meados do atual. Afastada das sedes municipais, a região permaneceu isolada da capital do Estado, cujo acesso, a partir da Praia do Forte no sentido norte, só era possível, via marítima, através de saveiros. As atividades agropecuárias e as extrativas continuaram sendo predominantes numa estrutura produtiva consolidada secularmente.

Na década de 50 a região presencia o início da exploração do petróleo com a instalação de poços nos municípios de Mata de São João, Entre Rios, Itanagra, Pojuca e Cardeal da Silva, com efeitos sobre toda a região. Por volta dos anos 70, com a primeira crise da atividade petrolífera, emerge como alternativa econômica regional, dado o preço favorável da celulose no mercado internacional, a produção da celulose e do carvão vegetal. É implantado, então, o Distrito Florestal do Litoral Norte da Bahia, abrangendo 763.000 ha. e vários municípios.

Instalaram-se na região empresas reflorestadoras apoiadas por uma política vantajosa de subsídios fiscais. Alguns trabalhos que analisaram a atividade na área, dão conta do impacto do reflorestamento sobre a estrutura fundiária e ocupacional pré-existente[5], provocando, inclusive, resistências por parte de grupos ambientalistas e, simultaneamente, de grupos econômicos interessados no desenvolvimento do turismo.

Como observa a Empresa ECOPLAN, no Estudo Preliminar de Impacto Ambiental/EPIA de um empreendimento turístico local, o Resort Pojuca, as atividades florestais, nos moldes em que foram implantadas, provocaram problemas sociais, desalojando pequenos proprietários instalados há muito tempo na área:

"Apesar das fábricas de celulose nunca terem sido implantadas, devido a mudanças no mercado mundial, o reflorestamento teve grande impacto em termos de ocupação das terras do Litoral Norte. Vastas áreas foram utilizadas na plantação de florestas de eucalipto e pinus. Esse processo gerou um incremento na concentração fundiária que por sua vez agravou o problema da desocupação das populações rurais, que venderam, ou simplesmente perderam suas pequenas propriedades, sendo parcialmente absorvidas pelo trabalho sazonal de plantio (bóias frias) e engrossando as periferias das maiores cidades da região” (ECOPLAN, 1997: 116).

Com este pano de fundo, a partir dos anos 70, o turismo passa a ser concebido como uma nova e viável alternativa econômica para o litoral norte. Até então de caráter estritamente regional, recebendo veranistas e visitantes dos municípios próximos, a atividade volta-se para o mercado nacional e internacional. Na década seguinte, a região passa a ser preparada para a consolidação da atividade turística agora em novos moldes e associada à questão ambiental. Inicia-se um processo de redefinição sócio-espacial começado pela localidade da Praia do Forte na porção sul do Município de Mata de São João.

Datam deste período algumas iniciativas importantes para a compreensão da atividade turística e sua implantação na região, bem como para a análise das vinculações entre turismo, mudanças espaciais e populações locais. Em 1975 foi criado o Parque Florestal Garcia D'Avila, através do Decreto Estadual N. 24.643, abrangendo áreas dos Municípios de Mata de São João e Camaçari; em 1977 a área foi transformada em Refúgio Particular de Animais Silvestres, através do IBDF/IBAMA. Em 1981, é criada a Fundação Garcia D'Avila - FGD, com o objetivo de “administrar a área, executar os projetos e os empreendimentos turísticos, hoteleiro e imobiliário, transformando-se no principal agente transformador do espaço” (Sobrinho: 1998:61).

No ano de 1982 foi construída a ponte sobre o Rio Pojuca, a rede de energia elétrica foi ampliada beneficiando a localidade de Praia do Forte e, ainda, instalado o Projeto TAMAR, voltado para a preservação das tartarugas marinhas, abundantes na costa. Este Projeto passa a contar com o apoio da FGA. Em 1984, através de Portaria criando uma unidade de conservação, na categoria de Refúgio Particular, novos espaços, da antiga fazenda Praia do Forte, foram destinados à preservação ambiental: Camurujipe e Sapiranga. Em 1985, é inaugurado o Hotel Robison Crusoé, atual Praia do Forte Eco Resort.

Também no mesmo período, duas outras intervenções sobre o território da Praia do Forte, foram bastante significativas: a elaboração do Plano Diretor da Praia do Forte, regulamentando o uso e a ocupação do solo e o Plano de Manejo da Reserva Sapiranga. Em 1987, a FUNATURA, fundação nacional voltada para a preservação e conservação ambientais, elabora o Plano de Manejo das Áreas de Refúgio Particular da Vida Silvestre. Neste mesmo ano, passam a vigorar as Leis do Código Florestal e de Proteção da Fauna5. As Lagoas de Timeantube e a Mata da Sapiranga passam a Reservas Ecológicas e cria-se a primeira Delegacia Ecológica da região. Todas essas medidas provocaram impactos sobre a estrutura social, ocupacional e territorial pré-existentes, havendo, dentre outros efeitos, a transferência de população para áreas mais afastadas dos povoamentos litorâneos originais. (Spinola: 1996).

Três importantes intervenções governamentais foram decisivas para a consolidação da área como destinação turística, nos moldes referidos, nos anos que se seguiram: o PRODETUR/ Bahia, viabilizando recursos para o desenvolvimento da região chamada agora de Costa dos Coqueiros, a abertura da Linha Verde e a criação da Área de Proteção Ambiental do Litoral Norte da Bahia/APA LN. O impacto dessas intervenções sobre o espaço e sobre as populações tradicionais não tem passado desapercebido de pesquisadores baianos e, hoje, já se dispõem de significativos estudos sobre o tema. Spinola (1997) e Sobrinho (1998) estudaram a Praia do Forte e o impacto do turismo sobre a sócio-economia local; Stifelman (1997) analisou a Vila Sauípe, destacando, em sua etnografia, os usos múltiplos e a gestão social dos recursos naturais pela população residente; Queiroz e Almeida (1997) analisaram o impacto da construção da Linha Verde sobre Porto Sauípe, identificando problemas relacionados ao avanço da atividade turística na área.

Na atualidade multiplicam-se as intervenções sobre a área. Programas e projetos de planejamento, gestão e educação ambiental têm sido concebidos e implementados tanto pelo estado, como por entidades não-governamentais. O Governo do Estado da Bahia, através da CONDER, vem implementando o Programa de Planejamento e Gerenciamento Ambiental - PPGA que, com apoio do governo britânico, desenvolve pesquisas na APA/LN voltadas para o conhecimento, planejamento e desenvolvimento da região, em bases de sustentabilidade. Assim, desde 1998 a área vem sendo objeto de estudos que visam melhor conhecer o perfil dos moradores, as potencialidades econômicas e as condições ambientais. Dispõem-se de dados e informações suficientemente capazes de contribuir para um adequado planejamento e gestão da área”.

II

ASPECTOS HISTÓRICOS E SÓCIO-ECONÔMICOS DE IMBASSAÍ.

Imbassaí e grande parte do litoral norte baiano, segundo pesquisas recentes e achados arqueológicos que se estendem de Jauá até Sauípe, teve como primeiros habitantes povos nômades batizados como Aratu. Esses povos ocuparam esta região durante um período que se estende do séc.XIII até o séc. XV, quando foram expulsos pelos índios antropofágicos conhecidos como Tupinambás, que mais tarde batizaram o local com o nome de Imbassaí que em língua Tupi significa “caminho do rio”. Posteriormente os Tupinambás viriam a ser dizimados pela ocupação portuguesa, realizada pelos jesuítas e pelo fidalgo português Garcia D’ávila na segunda metade do século XVI. Entre os anos de 1563 e 1609.

A origem da população atual de Imbassaí, acreditamos que tenha tudo a ver com a descendência de empregados e escravos da família Garcia D'Ávila que dominou a região como a maior sesmaria das Américas, cujos domínios se estendiam até o atual Estado do Maranhão.

Em tempos mais atuais vamos encontrar uma população predominantemente negra, com muitos costumes africanos, tanto no folclore quanto na culinária, que vivia da extração do coco, plantio da mandioca, da qual faziam farinha, beijús, bolachas de goma e de polvilho, em casas de farinha coletivas, com dias e mais dias de folguedos em dias de colheita e produção. Entre os folguedos destacam-se o samba de roda, bumba-meu-boi, pastorinhas etc.

O excedente dos produtos era comercializado na feira de Mata de São João, viagem que podia durar até três dias de viagem em lombos de burro.

O folclore é muito rico e encontramos muitas histórias de boitatá, fogo-fátuo,caapora (ou caipora), saci-pererê, iaras e sereias. Contam os mais idosos que o encontro do Rio com o mar, na verdade é o acasalamento das cobras Sucuiú e Boitatá.

O artesanato dominante é o trançado tupinambá, legado deixado pelos índios Tupinambás que era predominante na Região na época do descobrimento. Com a palha da piaçava trançam chapéus, bolsas, tapetes e jogos americanos que enchem os olhos dos turistas.

No ano de 1956 aqui aportou o Sr. Aquilino Carvalho que foi comprando as terras dos habitantes, porém mantinha-os como parceiros na extração do coco (meeiros). Quando aqui chegou o Sr. Aquilino encontrou-os com a devoção a Nossa Senhora das Dores no mês de setembro e São Sebastião em janeiro. Requereu junto ao governo do Estado a documentação das terras e fez a promessa que se obtivesse à documentação legal ergueria uma capela para que a população festejasse os seus Santos de devoção bem como realizassem suas festas de largo, casamentos, missas e batizados.

Na década de 60, ele conseguiu a documentação com o então Governador Otávio Mangabeira e cumpriu a promessa.

As festas de Imbassaí eram famosas e atraiam os moradores de todas as localidades vizinhas. Além dos festejos religiosos realizavam a escolha da Rainha do Coco, Os carurús com samba de roda de setembro a dezembro e os festejos de São João com muita comida e arrasta-pé.

Por volta de 1970, já idoso e sem filhos, o Sr. Aquilino vende a fazenda para uma Imobiliária de Salvador, chamada Casa Imobiliária que loteia as terras e compra os lotes dos nativos que migram para outras localidades, inclusive Barro Branco. A venda dos lotes foi um sucesso e a partir de 1985 começaram a surgir as barracas de praia, o comércio e as primeiras pousadas.

Hoje Imbassaí é um destino importante na Costa dos Coqueiros e possui um potencial eco-turístico muito promissor com Lagoas, rios. Trilhas cascatas etc.



[1] Dados colhidos da PESQUISA sobre PLANEJAMENTO AMBIENTAL NO LITORAL NORTE DA BAHIA realizada por Maria Raquel Mattoso Mattedi, Doutoranda em Planejamento Territorial pela UNIFACS/Universidade de Barcelona e Professora do Curso de Graduação em Ciências Sociais da UNIFACS. Disponível em: http://www.mestradoadm.unifacs.br/revista/PDFs/Revista%20GP%203.pdf. Consultado em: 10.09.2006.

[2] Trata-se da construção da primeira Casa da Torre, da qual não restam vestígios. Em 1716 foi concluída a construção da segunda Casa da Torre, nas proximidades da Vila Praia do Forte, hoje sendo restaurada.

[3] Schindler empreendeu longa viagem pelo interior e seus relatos referem-se à passagem por povoados de alguns estados brasileiros: Rio de Janeiro (Nova Friburgo e Petrópolis), São Paulo (Botucatu e Riberão Preto), Minas Gerais e Goiás. No seu retorno ao Rio de Janeiro publicou um trabalho sobre plantas medicinais.

[4] Relato de Schindler, gravado em abril de 1934, um ano antes de sua morte (Queiroz e Almeida, 1997).

[5] Vejam-se: SAMPAIO, Marieze Rosa P. Formação de Atores e Reestruturação do Espaço. Dissertação de Mestrado apresentada ao Mestrado de Sociologia da UFBA, 1990; Centro Mineiro de Estudos e Pesquisas sobre Florestas. Os "fracos" e os "avessos": formas de resistência social no litoral norte da Bahia. Uma Análise dos Conflitos entre os Projetos da Pequena Produção e da Agroindústria Florestal, Belo Horizonte, 1997.





quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Blog para pesquisa e compartilhamento de informações

Olá alunos,

Este Blog foi destinado para você que deseja adquirir e compartilhar conhecimentos sobre o projeto da Escola para as ruas. Neste espaço, os professores divulgaram textos, vídeos, sites, livros, imagens etc sobre os locais a serem visitados como Diogo e Vila do Areal e onde vivemos para podermos estabelecer comparativos das nossas ações nesses ambientes e nas comunidades, identificando e propondo soluções aos problemas contribuindo para a construção do cidadão pleno.
Bons estudos!

Equipe do Projeto