sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Conhecendo a região antes da visita


Olá alunos,

Preparamos um texto para que você leia sobre os aspectos históricos, geográficos, culturais e ambientais de Imbassay, Mata de São João para compreender como surgiu as localidades de Santo Antonio de Diogo, Vila do Areal e Imbassay.
Após leitura, sugerimos que você faça um quadro comparativo sobre dos aspectos históricos, econômicos, políticos, geográficos e culturais do bairro onde você vive e estuda e do local a ser visitado.
Boa leitura!

Equipe do projeto

O litoral norte da Bahia: história e mudanças recentes[1]

Conforme explica Maria Raquel Mattoso Mattedi :

“A ocupação da região teve início na segunda metade do século XVI, confundindo-se com a própria colonização brasileira. Garcia D'Avila, português que deu início à colonização da área, recebeu de Tomé de Souza uma extensa propriedade "compreendida entre os campos do Rio Pojuca até próximo à foz do Rio Real", na segunda metade do século XVI. Entre os anos de 1563 e 1609[2], foi construída, nas imediações da atual Praia do Forte, a primeira Casa da Torre, fortaleza que funcionou como "um observatório avançado" da coroa portuguesa na Colônia, desempenhando as funções típicas de proteção e defesa.

A partir daí, teve início um processo lento e pouco adensado de ocupação territorial, nos sentidos nordeste e noroeste, que alcançou, ao longo dos séculos seguintes, a região do além São Francisco. Desenvolveu-se, em toda a área, uma pecuária extensiva, além de uma economia de subsistência como atividade complementar à economia açucareira, no Recôncavo baiano. Essa economia proveu, por quase um século, o Recôncavo e a cidade do Salvador, de produtos das mais variadas espécies:

"(...) através do fornecimento de carne, leite, produtos de couro e animais de tração para os engenhos de açúcar. Essa complementaridade poderia ser, ainda, evidenciada no fornecimento de lenha para os engenhos e de óleo de baleia para a iluminação de Salvador" (Sobrinho, 1988).

Sem sofrer grandes alterações nos séculos seguintes, uma sociedade de traços patriarcais estruturou-se e consolidou-se em torno da sesmaria, com “um proprietário que morava na sede e uma classe numerosa de pessoas descendentes de mestiços e escravos detendo a posse temporária da terra” (Sobrinho, 1988). Com o refluxo da economia açucareira, em meados do século XVII, a região, altamente dependente e articulada ao recôncavo baiano, entra num processo de estagnação econômica tendo suas atividades produtivas redefinidas a partir de então. A plantação do coco é introduzida na região que "... passa então a fornecer, além da lenha, do carvão, da carne e dos produtos de couro dos tempos coloniais, o coco e as frutas, o feijão, os derivados do leite e os objetos de palha" (ECOPLAN, 1997).

A região segue seu ritmo nos séculos seguintes, havendo lacunas nos registros encontrados sobre o período compreendido entre meados do século XVII e final do XIX, quando uma grande extensão de terra foi adquirida por um excêntrico prussiano, naturalizado norte-americano que, tendo notícias sobre o Brasil, através de um encontro com o Imperador D. Pedro II, na Filadélfia, transferiu-se para cá, fixando-se no litoral norte da Bahia e lá permanecendo até meados do século XX. Trata-se de Sigisfred Sigismundo Schindler que chegou ao Brasil no ano de 1879, na cidade do Rio de Janeiro[3], instalando-se, pouco depois, na Bahia em propriedades adquiridas dos descendentes dos D'Avila. Diz ele, em seus relatos sobre o litoral norte (Queiroz e Almeida, 1997):

"(...) Da costa do Forte até Vila do Conde eu tive várias terras, a maioria delas pertencentes aos herdeiros da Casa da Torre. Eu fundei vários armazéns para estocar diversos produtos que eu comprei na região. Especialmente, o COCONUT (semente de coco). Era uma área de 42 léguas de terras. Eu tive terras em Esplanada, Pojuca, Mata de São João, e Parafuso para instalar os armazéns, e diversas fábricas para o aperfeiçoamento e ao mesmo tempo a manufatura de diversos produtos".

Visionário, Schindler foi um atento pesquisador de produtos naturais visando o estabelecimento de um próspero negócio de exportação. Da África trouxe para a Bahia sementes do "bicho da seda" cujo cultivo foi introduzido na localidade de Tucano; levou para Londres amostras da casca externa da piaçava, o "endocárpio", pensando na fabricação de botões; adquiriu, na Antuérpia, máquinas pensando no corte da fibra da piaçava e no fabrico de vassouras; na Dinamarca comprou máquinas para o beneficiamento de fibras. Iniciou na localidade de Queimadas a exportação de peles de cobra e, em 1889, a exportação de plantas medicinais (Queiroz e Almeida, 1997).

As palavras de Schindler são eloqüentes e as mais apropriadas para dar uma idéia da quantidade e das potencialidades dos recursos naturais disponíveis à época, bem como do uso econômico a partir do beneficiamento local de muitos produtos[4]:

"(...) Todo o tempo eu ampliei minhas exportações com novos produtos descobertos: coconut, corte de piaçava, borracha da mangabeira, raízes medicinais, especialmente manocá, videiras selvagens e tingui, e também óleo de mamona da fábrica de Esplanada, frutas secas do cajueiro em latas para durar 2 anos, vinho do cajueiro, bananas secas, farinha de banana das fábricas construídas em Parafuso(...).

Obtive do Governador Luis Viana a permissão para a exploração da areia monazítica, poços artesianos nas terras do interior para reduzir os danos da seca e, moinhos de açúcar na Vila do Conde (...)"

(...) Eu montei na cidade de Alagoinhas "casas de salgagem" para preparar peles secas para exportação. Eu exportei milhões de bengalas chamadas "cherules"e estandartes (bandeiras) feitas de "dart"(um tipo de bambu) para decoração. Eu produzi goma para fábricas têxteis, farinha de banana para fazer biscoitos (crakers), etc." (...) Em 1898 é inaugurado o primeiro porto da região, na foz do Rio Sauípe, localidade hoje conhecida como Porto Sauípe, no Município de Entre Rios. O porto chamava-se Porto Schindler e, segundo notas da imprensa da época, a inauguração entusiasmou fortemente os moradores da localidade que eram em número superior a 1.000 pessoas! (Queiroz e Almeida, 1997).

Assim, o extrativismo como base da economia local manteve-se até muito recentemente. Informações, nem sempre coincidentes nos seus detalhes, dão conta da venda das terras de Schindler, entre 1900-1920, para uma companhia inglesa de borracha - British and Brazilian Rubber Planters e Manufaturados (Stifelman, 1997) - que almejava dar continuidade às atividades de comércio exportador iniciadas pelo americano, especialmente aquelas relativas à exploração do látex da mangaba, abundante na região, para o fabrico da borracha. Algumas fontes indicam que a área vendida correspondia a 80.000 ha ou o equivalente a 20 km de costa por 40 km de profundidade, no sentido leste oeste (Queiroz e Almeida, 1997).

A companhia inglesa desenvolveu atividades na área até 1940 quando entrou em falência, entregando-a ao Bank of London que passou a responder pela administração da empresa. Lembrada na região até recentemente (Stifelman, 1997), a Companhia arrendava terras aos moradores locais que permaneceram desenvolvendo atividades de subsistência e extrativas. Conta a história que o representante da companhia inglesa, instalado na região, teve que ausentar-se do Brasil por motivos relacionados à guerra na Europa, deixando as terras aos cuidados de dois moradores da localidade de Sauípe, hoje Vila Sauípe. Tendo um deles morrido precocemente, o Sr. Genésio Tolentino de Jesus respondeu como procurador da Companhia, enviando regularmente para a Inglaterra o dinheiro arrecadado dos arrendamentos, até 1949. Ainda hoje, são encontrados descendentes da família Tolentino em Vila Sauípe, localizada no extremo norte do Município de Mata de São João.

Em 1949, parte dessas terras são compradas da Companhia Inglesa pela Construtora Norberto Odebrecht - CNO, que passa a dispor de 1.700 ha. situados entre o riacho Santo Antônio na porção norte do atual Município de Mata de São João e o Rio Sauípe, já no Município vizinho de Entre Rios. Neste local encontra-se em fase de conclusão o Complexo Sauípe (Stifelman: 1997; Queiroz e Almeida: 1997).

Na porção sul de Mata de São João, consta que em 1922, o coronel Otacílio Nunes de Souza comprou a Fazenda Praia do Forte de Régis Pacheco, ex-governador da Bahia e descendente dos D'Avila, iniciando o cultivo do coco e desenvolvendo um programa de mudas selecionadas associado à pecuária extensiva. Em 1939, com a morte do Sr. Otacílio Nunes, tem início um processo de decadência econômica da família, cercada de conflitos entre os muitos herdeiros. Somente após 30 anos, em 1970, a Fazenda Praia do Forte é vendida a um empresário paulista que tenta dar continuidade às atividades agropecuárias na região, mas, posteriormente, desenvolve o primeiro grande projeto turístico do Litoral Norte: o Projeto da Praia do Forte.

Como visto, poucas alterações ocorreram na região ao longo dos séculos seguintes até meados do atual. Afastada das sedes municipais, a região permaneceu isolada da capital do Estado, cujo acesso, a partir da Praia do Forte no sentido norte, só era possível, via marítima, através de saveiros. As atividades agropecuárias e as extrativas continuaram sendo predominantes numa estrutura produtiva consolidada secularmente.

Na década de 50 a região presencia o início da exploração do petróleo com a instalação de poços nos municípios de Mata de São João, Entre Rios, Itanagra, Pojuca e Cardeal da Silva, com efeitos sobre toda a região. Por volta dos anos 70, com a primeira crise da atividade petrolífera, emerge como alternativa econômica regional, dado o preço favorável da celulose no mercado internacional, a produção da celulose e do carvão vegetal. É implantado, então, o Distrito Florestal do Litoral Norte da Bahia, abrangendo 763.000 ha. e vários municípios.

Instalaram-se na região empresas reflorestadoras apoiadas por uma política vantajosa de subsídios fiscais. Alguns trabalhos que analisaram a atividade na área, dão conta do impacto do reflorestamento sobre a estrutura fundiária e ocupacional pré-existente[5], provocando, inclusive, resistências por parte de grupos ambientalistas e, simultaneamente, de grupos econômicos interessados no desenvolvimento do turismo.

Como observa a Empresa ECOPLAN, no Estudo Preliminar de Impacto Ambiental/EPIA de um empreendimento turístico local, o Resort Pojuca, as atividades florestais, nos moldes em que foram implantadas, provocaram problemas sociais, desalojando pequenos proprietários instalados há muito tempo na área:

"Apesar das fábricas de celulose nunca terem sido implantadas, devido a mudanças no mercado mundial, o reflorestamento teve grande impacto em termos de ocupação das terras do Litoral Norte. Vastas áreas foram utilizadas na plantação de florestas de eucalipto e pinus. Esse processo gerou um incremento na concentração fundiária que por sua vez agravou o problema da desocupação das populações rurais, que venderam, ou simplesmente perderam suas pequenas propriedades, sendo parcialmente absorvidas pelo trabalho sazonal de plantio (bóias frias) e engrossando as periferias das maiores cidades da região” (ECOPLAN, 1997: 116).

Com este pano de fundo, a partir dos anos 70, o turismo passa a ser concebido como uma nova e viável alternativa econômica para o litoral norte. Até então de caráter estritamente regional, recebendo veranistas e visitantes dos municípios próximos, a atividade volta-se para o mercado nacional e internacional. Na década seguinte, a região passa a ser preparada para a consolidação da atividade turística agora em novos moldes e associada à questão ambiental. Inicia-se um processo de redefinição sócio-espacial começado pela localidade da Praia do Forte na porção sul do Município de Mata de São João.

Datam deste período algumas iniciativas importantes para a compreensão da atividade turística e sua implantação na região, bem como para a análise das vinculações entre turismo, mudanças espaciais e populações locais. Em 1975 foi criado o Parque Florestal Garcia D'Avila, através do Decreto Estadual N. 24.643, abrangendo áreas dos Municípios de Mata de São João e Camaçari; em 1977 a área foi transformada em Refúgio Particular de Animais Silvestres, através do IBDF/IBAMA. Em 1981, é criada a Fundação Garcia D'Avila - FGD, com o objetivo de “administrar a área, executar os projetos e os empreendimentos turísticos, hoteleiro e imobiliário, transformando-se no principal agente transformador do espaço” (Sobrinho: 1998:61).

No ano de 1982 foi construída a ponte sobre o Rio Pojuca, a rede de energia elétrica foi ampliada beneficiando a localidade de Praia do Forte e, ainda, instalado o Projeto TAMAR, voltado para a preservação das tartarugas marinhas, abundantes na costa. Este Projeto passa a contar com o apoio da FGA. Em 1984, através de Portaria criando uma unidade de conservação, na categoria de Refúgio Particular, novos espaços, da antiga fazenda Praia do Forte, foram destinados à preservação ambiental: Camurujipe e Sapiranga. Em 1985, é inaugurado o Hotel Robison Crusoé, atual Praia do Forte Eco Resort.

Também no mesmo período, duas outras intervenções sobre o território da Praia do Forte, foram bastante significativas: a elaboração do Plano Diretor da Praia do Forte, regulamentando o uso e a ocupação do solo e o Plano de Manejo da Reserva Sapiranga. Em 1987, a FUNATURA, fundação nacional voltada para a preservação e conservação ambientais, elabora o Plano de Manejo das Áreas de Refúgio Particular da Vida Silvestre. Neste mesmo ano, passam a vigorar as Leis do Código Florestal e de Proteção da Fauna5. As Lagoas de Timeantube e a Mata da Sapiranga passam a Reservas Ecológicas e cria-se a primeira Delegacia Ecológica da região. Todas essas medidas provocaram impactos sobre a estrutura social, ocupacional e territorial pré-existentes, havendo, dentre outros efeitos, a transferência de população para áreas mais afastadas dos povoamentos litorâneos originais. (Spinola: 1996).

Três importantes intervenções governamentais foram decisivas para a consolidação da área como destinação turística, nos moldes referidos, nos anos que se seguiram: o PRODETUR/ Bahia, viabilizando recursos para o desenvolvimento da região chamada agora de Costa dos Coqueiros, a abertura da Linha Verde e a criação da Área de Proteção Ambiental do Litoral Norte da Bahia/APA LN. O impacto dessas intervenções sobre o espaço e sobre as populações tradicionais não tem passado desapercebido de pesquisadores baianos e, hoje, já se dispõem de significativos estudos sobre o tema. Spinola (1997) e Sobrinho (1998) estudaram a Praia do Forte e o impacto do turismo sobre a sócio-economia local; Stifelman (1997) analisou a Vila Sauípe, destacando, em sua etnografia, os usos múltiplos e a gestão social dos recursos naturais pela população residente; Queiroz e Almeida (1997) analisaram o impacto da construção da Linha Verde sobre Porto Sauípe, identificando problemas relacionados ao avanço da atividade turística na área.

Na atualidade multiplicam-se as intervenções sobre a área. Programas e projetos de planejamento, gestão e educação ambiental têm sido concebidos e implementados tanto pelo estado, como por entidades não-governamentais. O Governo do Estado da Bahia, através da CONDER, vem implementando o Programa de Planejamento e Gerenciamento Ambiental - PPGA que, com apoio do governo britânico, desenvolve pesquisas na APA/LN voltadas para o conhecimento, planejamento e desenvolvimento da região, em bases de sustentabilidade. Assim, desde 1998 a área vem sendo objeto de estudos que visam melhor conhecer o perfil dos moradores, as potencialidades econômicas e as condições ambientais. Dispõem-se de dados e informações suficientemente capazes de contribuir para um adequado planejamento e gestão da área”.

II

ASPECTOS HISTÓRICOS E SÓCIO-ECONÔMICOS DE IMBASSAÍ.

Imbassaí e grande parte do litoral norte baiano, segundo pesquisas recentes e achados arqueológicos que se estendem de Jauá até Sauípe, teve como primeiros habitantes povos nômades batizados como Aratu. Esses povos ocuparam esta região durante um período que se estende do séc.XIII até o séc. XV, quando foram expulsos pelos índios antropofágicos conhecidos como Tupinambás, que mais tarde batizaram o local com o nome de Imbassaí que em língua Tupi significa “caminho do rio”. Posteriormente os Tupinambás viriam a ser dizimados pela ocupação portuguesa, realizada pelos jesuítas e pelo fidalgo português Garcia D’ávila na segunda metade do século XVI. Entre os anos de 1563 e 1609.

A origem da população atual de Imbassaí, acreditamos que tenha tudo a ver com a descendência de empregados e escravos da família Garcia D'Ávila que dominou a região como a maior sesmaria das Américas, cujos domínios se estendiam até o atual Estado do Maranhão.

Em tempos mais atuais vamos encontrar uma população predominantemente negra, com muitos costumes africanos, tanto no folclore quanto na culinária, que vivia da extração do coco, plantio da mandioca, da qual faziam farinha, beijús, bolachas de goma e de polvilho, em casas de farinha coletivas, com dias e mais dias de folguedos em dias de colheita e produção. Entre os folguedos destacam-se o samba de roda, bumba-meu-boi, pastorinhas etc.

O excedente dos produtos era comercializado na feira de Mata de São João, viagem que podia durar até três dias de viagem em lombos de burro.

O folclore é muito rico e encontramos muitas histórias de boitatá, fogo-fátuo,caapora (ou caipora), saci-pererê, iaras e sereias. Contam os mais idosos que o encontro do Rio com o mar, na verdade é o acasalamento das cobras Sucuiú e Boitatá.

O artesanato dominante é o trançado tupinambá, legado deixado pelos índios Tupinambás que era predominante na Região na época do descobrimento. Com a palha da piaçava trançam chapéus, bolsas, tapetes e jogos americanos que enchem os olhos dos turistas.

No ano de 1956 aqui aportou o Sr. Aquilino Carvalho que foi comprando as terras dos habitantes, porém mantinha-os como parceiros na extração do coco (meeiros). Quando aqui chegou o Sr. Aquilino encontrou-os com a devoção a Nossa Senhora das Dores no mês de setembro e São Sebastião em janeiro. Requereu junto ao governo do Estado a documentação das terras e fez a promessa que se obtivesse à documentação legal ergueria uma capela para que a população festejasse os seus Santos de devoção bem como realizassem suas festas de largo, casamentos, missas e batizados.

Na década de 60, ele conseguiu a documentação com o então Governador Otávio Mangabeira e cumpriu a promessa.

As festas de Imbassaí eram famosas e atraiam os moradores de todas as localidades vizinhas. Além dos festejos religiosos realizavam a escolha da Rainha do Coco, Os carurús com samba de roda de setembro a dezembro e os festejos de São João com muita comida e arrasta-pé.

Por volta de 1970, já idoso e sem filhos, o Sr. Aquilino vende a fazenda para uma Imobiliária de Salvador, chamada Casa Imobiliária que loteia as terras e compra os lotes dos nativos que migram para outras localidades, inclusive Barro Branco. A venda dos lotes foi um sucesso e a partir de 1985 começaram a surgir as barracas de praia, o comércio e as primeiras pousadas.

Hoje Imbassaí é um destino importante na Costa dos Coqueiros e possui um potencial eco-turístico muito promissor com Lagoas, rios. Trilhas cascatas etc.



[1] Dados colhidos da PESQUISA sobre PLANEJAMENTO AMBIENTAL NO LITORAL NORTE DA BAHIA realizada por Maria Raquel Mattoso Mattedi, Doutoranda em Planejamento Territorial pela UNIFACS/Universidade de Barcelona e Professora do Curso de Graduação em Ciências Sociais da UNIFACS. Disponível em: http://www.mestradoadm.unifacs.br/revista/PDFs/Revista%20GP%203.pdf. Consultado em: 10.09.2006.

[2] Trata-se da construção da primeira Casa da Torre, da qual não restam vestígios. Em 1716 foi concluída a construção da segunda Casa da Torre, nas proximidades da Vila Praia do Forte, hoje sendo restaurada.

[3] Schindler empreendeu longa viagem pelo interior e seus relatos referem-se à passagem por povoados de alguns estados brasileiros: Rio de Janeiro (Nova Friburgo e Petrópolis), São Paulo (Botucatu e Riberão Preto), Minas Gerais e Goiás. No seu retorno ao Rio de Janeiro publicou um trabalho sobre plantas medicinais.

[4] Relato de Schindler, gravado em abril de 1934, um ano antes de sua morte (Queiroz e Almeida, 1997).

[5] Vejam-se: SAMPAIO, Marieze Rosa P. Formação de Atores e Reestruturação do Espaço. Dissertação de Mestrado apresentada ao Mestrado de Sociologia da UFBA, 1990; Centro Mineiro de Estudos e Pesquisas sobre Florestas. Os "fracos" e os "avessos": formas de resistência social no litoral norte da Bahia. Uma Análise dos Conflitos entre os Projetos da Pequena Produção e da Agroindústria Florestal, Belo Horizonte, 1997.





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